Como as empresas do futuro podem e devem se beneficiar de todas as novas oportunidades o que o mundo digital oferece?
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
5 dicas para não ser um digital marketer insuportável
Com toda a evolução recente que tivemos em todos os meios de marketing digital, aquilo que por muito tempo foi característica de meios mais tradicionais de mídia, agora também se reflete nesta esfera. Para resumir, o marketing digital está se tornando cada vez mais insuportável! Quer assistir um vídeo? Ou pague um plano de subscrição ou tenha pelo menos 10 segundos de anúncios em sua tela. Ler uma notícia? Por incrível que pareça, alguns sites ocupam quase metade da tela com um banner que apenas atrapalha a leitura. Colocou algo no carrinho mas não comprou? Prepare-se para passar noites tendo pesadelos com milhões de banners que irão te perseguir até que você desista de resistir e compre o produto (o pior é quando mesmo depois da compra, aqueles malditos anúncios ainda ficam no seu pé). Fato é, o que em um primeiro surgiu para ser relevante ao cliente, hoje apenas o atrapalha.
Segundo dados de pesquisa realizada pelo eMarketer em parceria com a Business Insider, estima-se que até o final do ano passado, 30% de todos os usuários de internet em todo o mundo já haviam instalado algum tipo de bloqueador de anúncio em seu computador ou celular. Se você trabalha com marketing digital, essa é a hora de ficar realmente alarmado! Se em 2016 tínhamos duas em cada dez pessoas com bloqueadores de anúncios instalados em seus devices, em 2018 já passaram a ser três. Neste ritmo, em 2 anos teremos mais de 50% de todos os usuários de internet utilizando estas ferramentas.
Culpa de quem? Tecnologia, usuário, plataformas ou provedores de conteúdo? Está na cara que não, isso tem muito a ver como nós profissionais de marketing, que passamos do estágio de elaborar planos que oferecessem uma oferta relevante para o usuário para outro muito pior, de persegui-lo independentemente do seu interesse.
Por isso minha ideia com este artigo é passar 5 dicas que ao longo da minha carreira funcionaram muito bem, e me ajudaram a ser relevante (e não irritante) para o cliente.
1. Pense em audiência, não em produto
Isso na verdade não é exclusividade de quem trabalha com digital, mas é uma terrível tendência que sempre nos persegue. É fácil pensar em uma campanha inteira para vender um produto, trabalhando com diversos meios, plataformas e fornecedores. Mas essa tática fatalmente vai acabar caindo nos mesmos erros citados antes, e vou acabar promovendo o que quero, da maneira que quero e esperando que a minha audiência aceite o que eu colocar. Por que não inverter o sentido e começar pensando o que faz sentido pro meu público? Aí determino uma oferta com base nisso e faço todo um plano para simplesmente mostrar ao cliente que eu posso ajudá-lo em sua necessidade.
Faça pesquisas, olhe dados, entenda se você está falando com a pessoa certa e, principalmente, não faça planos para vender aquilo que ninguém quer, e sim olhe para a necessidade da sua audiência e ofereça o que faça sentido.
2. Dados, dados e mais dados. Deixe que eles orientem suas decisões
Dados são importantes antes, durante e depois que se executa qualquer ação no mercado. Antes de lançar algo, entenda a provável correspondência do público para uma determinada oferta. E aqui vale uma ressalva importante e que também já tive que lidar em minha carreira, pois é extremamente comum em empresas globais as equipes locais receberem certa pressão para promoverem soluções que funcionam em outras partes do mundo. O que deveria em teoria facilitar o nosso trabalho, se torne uma enorme barreira pois marketing não é fórmula, não necessariamente o que funciona em outro lugar funciona por aqui. Por isso sempre tenha os dados a seu favor e sempre lute por aquilo que você entende que é o correto! Se ao coletar informações, observar pesquisas e se aprofundar em entender comportamentos e tendências você chegou a conclusão de que algo pode dar errado, não tenha medo de expor e lutar por aquilo que entende ser o correto. Não entre no modo automático de execução apenas porque alguém lhe disse que era melhor assim, pois até estes que nos pedem em muitos casos esperam que você seja o primeiro a levantar a mão se acha que algo não irá funcionar.
Observar dados durante a execução é igualmente crítico, pois será o termômetro do sucesso de qualquer campanha. Aliás, os dados aqui não apenas tem o poder de dizer se foi um erro ou acerto lançar algo, mas também apontar correções de percurso e novas tendências para ajustarmos nossa execução e sermos ainda mais efetivos.
E obviamente, ao concluir uma ação meça o sucesso e tome o aprendizado para o futuro. É interessante porque todos sabem destas coisas, mas infelizmente nem todos praticam, e isso traz ao público a péssima sensação de não enxergar evolução dentro do marketing digital, que por repetir erros se torna um inimigo de qualquer usuário na internet.
3. Seja paciente, seu cliente está em uma jornada!
Imediatismo é um grande inimigo de qualquer digital marketer, pois a tendência é querer gerar resultados palpáveis o mais breve possível. Nosso maior erro aqui é ignorar o conceito de jornada, de que cada cliente tem um timing único e está em nível de maturidade diferente dentro do nosso funil de conversão. O mais decepcionante é que você pode estar atingindo o seu possível cliente (o que já não é tarefa fácil), mas oferecer algo não compatível com seu estágio na jornada irá frustrá-lo e, provavelmente, você irá perdê-lo para algum concorrente mais sensível às necessidades momentâneas dele.
Os dados aqui também são cruciais, pois entender comportamentos como o tempo que um cliente leva na jornada desde a primeira interação até a conversão, o tipo de conteúdo que ele mais adere nos diferentes estágios e melhor oferta para cada perfil, irá mudar completamente não apenas seus resultados, mas a percepção que o cliente tem das suas ofertas e da sua empresa principalmente.
4. Alinhe internamente a estratégia
Não sempre, mas sim em diversos casos, mais de uma área está envolvida em uma mesma campanha. Nosso erro como marketing é se fechar dentro de uma realidade só nossa, sem espaço para alinhamento e Feedback de outras áreas que são tão críticas para o sucesso como a nossa. A medição do seu sucesso não vem pelos aumentos de CTR, Impression Share ou um baixo custo por clique, mas sim daquilo que se converte em negócios e oxigena a sua empresa para investir ainda mais em campanhas.
Em B2B por exemplo, se não existe um alinhamento forte e constante com a área de desenvolvimento de negócios, é possível gerar o melhor lead, porém que não se converterá em negócio simplesmente porque o Speech do seu vendedor não segue o fluxo que sua campanha trabalhou. Atualmente é um enorme erro achar que o trabalho do marketing termina na geração do lead, mas enxergar o seu papel na criação de oportunidades reais para o negócio é o que vai determinar a relevância do seu trabalho para sua organização.
5. Nem todo lead está pronto para comprar
O quinto ponto tem bastante a ver com o primeiro, porém vale a ressalva de que ter uma forma de qualificar os leads gerados de diferentes formas (hot/warm/cold, strong/medium/low, etc.) é outro passo importantíssimo no processo de ser relevante ao cliente. Mais do que se importar com os canais de mídia e fornecedores de conteúdo, dê atenção aos sistemas internos que podem ajudar a qualificar os leads de diferentes formas.
As qualificações não são permanentes, em muitos casos um lead ainda Cold pode se tornar um Warm ou Hot com um bom trabalho de nurturing. Dê atenção a este ponto, e mesmo sendo um dos maiores (talvez o maior) desafio tecnológico em uma área de marketing, é um investimento que em longo prazo certamente vale a pena.
Estão aí, espero que estas 5 dicas possam servir para ajudar em sua jornada e contribuir pra que aquilo que todos nós fazemos como profissionais de marketing seja relevante para quem mais importa, o nosso cliente.
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