Por mais que
pareça um pouco exagerada esta afirmação, a realidade já é bem próxima disso,
principalmente quando enxergamos sob a perspectiva do marketing digital. Claro
que as empresas ainda se utilizam dos critérios já bem conhecidos de
segmentação, mas a tendência é que o marketing se volte cada vez mais para o
comportamento do indivíduo, uma vez que este é o único caminho para se entregar
uma oferta única e adequada para ele.
O grande
problema de utilizar critérios tradicionais de segmentação é que deixamos
passar as individualidades, criamos clusters e colocamos perfis parecidos dentro
de uma mesma caixa, com o objetivo claro
de padronizar uma oferta e esperar que ela seja aceita por todos. O resultado nem
sempre é o melhor, uma vez que a oferta até pode ser do interesse da maioria dos
indivíduos em questão, mas além de todos aqueles que não tem o perfil correto para
aceitar a oferta, a generalização pode representar uma grande perda de oportunidade
de vender algo a mais, ou até mesmo oferecer um produto ou serviço de melhor
margem e que teria melhor aceitação.
Boa notícia:
muitas empresas ainda não chegaram neste nível de maturidade na segmentação por
comportamento do indivíduo. Má notícia: o cliente já espera ser atingido de
forma personalizada. Está cada vez mais difícil conseguir a sua atenção em meio
a um volume crescente e massivo mídia que o atinge diariamente, por isso hoje ela
já é seletiva, independentemente do número de empresas que entendem como
segmentá-lo de forma qualificada.
Mas como
atingí-lo de forma única? Como tratá-lo como indivíduo e não como cluster?
Você talvez
já tenha ouvido falar sobre o conceito de buyer
personas. Ele não elimina a tradicional segmentação, mas vem para
complementá-la. Mais do que entender se alguém mora em São Paulo ou em
Salvador, se sua faixa etária é de 20 a 25 anos ou de 45 a 50, e se é homem ou
mulher, é necessário compreender quais são as atividades que ele gosta de fazer
no dia a dia, quais são os objetivos que ele tem no trabalho, quais são suas
aspirações pessoais e profissionais, e os desafios diários que possui.
Nem sempre
um comportamento vai estar restrito a uma segmentação geográfica e demográfica
específica, como por exemplo, pode existir um homem de 38 anos casado, de renda
altíssima, é gerente de TI, mas por outro lado gosta de games e desenvolve
aplicativos em tempo livre, acompanha portanto blogs de desenvolvedores e
assiste a vídeos tutoriais no YouTube. Entender seu comportamento irá dar um
mapa não somente de onde atingí-lo (com as ferramentas atuais de marketing
digital já é possível entregar mídia de forma personalizada e baseada em
comportamento), como também irá ajudar a desenvolver a oferta que melhor se
adequa ao seu perfil.
Certamente o
trabalho de se contruir uma buyer persona é bem maior do que desenvolver uma
simples segmentação, mas certamente renderá frutos muito maiores em um curto
espaço de tempo, uma vez que reduz consideravelmente custos com mídia através
de ações mais focadas e certeiras, e oferece oportunidades de negócios
melhores, com ofertas mais adequadas e customizadas para cada indivíduo.
Muito bom o texto e acredito que não só o marketing digital está se voltando para atender de forma personalizada seus clientes como várias outras áreas.
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